Um médico radioamador diz como evitá-lo – enquanto é tempo!
Toda radiação tem seus efeitos físicos e, por analogia, biológicos, variando conforme seu comprimento de onda. Uma onda de rádio tem um comprimento desde 25.000 m ou 25 x 10¹³ (100.000.000.000.000) unidades angstrom, enquanto os raios gama têm 1,4 a 0,1 unidades. Seu poder de penetração intramolecular é inversamente proporcional a estas unidades, o que eqüivale dizer, quanto menor o comprimento de onda, maior a sua penetração. Seus efeitos biológicos, por analogia, são maiores. No passado, media-se a dose de irradiação pelos efeitos sobre a pele, assim como, por exemplo, a luz do sol, pelos seus raios ultravioletas, podem produzir do simples bronzeamento até queimaduras da pele, chamada eritema. A dose biológica de irradiação não é bem determinada, porém sabe-se que seu efeito é cumulativo (vai somando-se) com o tempo de exposição. Prolonga-se o dano causado, com o maior número de horas ou minutos expostos.
Segundo seu comprimento de onda, e assim se englobam os raios hertz até os raios gama, tem-se a chamada moléstia da irradiação. Ela tem ação sobre o sangue, pele, olhos, crescimento do corpo agindo sobre a hipófise, tireóide – aumentando e trazendo todos os sintomas da Doença de Basedow ou mixedema, timos das crianças, gônadas ou glândulas sexuais etc. Tudo isto pode se traduzir por náuseas, insônia, frigidez sexual, nervosismo, tremores das mãos, anemias e até hemorragias nasais (epistaxes).
Em alguns países mais adiantados, há legislação específica para a chamada doença dos radiotelegrafistas, concedendo-lhes condições especiais de higiene do trabalho, férias mais prolongadas e longe dos transmissores, compulsoriamente.
Afinal, o radioamadorismo é uma distração. Não se faça dele um veículo de moléstias. Reduzam-se as potências dos transmissores, melhorem suas antenas, blindem seus aparelhos e façam um bom aterramento e, por favor, falem um pouco menos . . . ”
.
10 μW/cm² - Diferenças significativas no tempo de reação visual e na memória.
100 μW/cm² - Mudanças no sistema imunológico e redução de 26% no nível de insulina no sangue.
120 μW/cm² - Mudanças patológicas na “barreira” de sangue no cérebro; celulares (HTs) na frequência de 915 MHz emitem nessa densidade de potência. ¹
__________________________________________________
¹ BERTOLLI, Emilia. O perigo mora ao lado. PCTech, nov. 2002. Ed. 01. Mensal.
Bibliografia:
ASSIS, Flávio D.. Equipamentos e antenas para radioamadores e faixa do cidadão. Rio de Janeiro: Seleções Eletrônicas, 1983.
Notas de Aulas. Curso de especialização em raios x. Rio de Janeiro. 1989.
1 Comentários:
Olá!
Muito útil esta postagem.
De uma forma sucinta, nos trouxe à baila um conteúdo profundo, sem maiores complicações, inerentes de ordem técnica.
É disto que precisamos.
Muito obrigado.
Postar um comentário