A partir de pesquisas lingüísticas e arqueológicas, temos notícias de que, aproximadamente entre os anos 1.400 e 1.000 a.C., diversos grupos de povos indo-europeus migraram para o Ocidente em direção da Bretanha e da Itália, impondo, em todas as regiões, seu domínio e sua língua que se modificou, gradativamente, em função dos falares locais. Assim, chegaram até a Península Itálica dois grupos indo-europeus: o latino e o osco-umbro. Ao primeiro pertencem os povos que se fixaram num exíguo território à margem do rio Tibre – o Latim – ao segundo os que se fixaram nas regiões da Campânia, Lucânia, Apúlia e noroeste da Itália. Aos poucos, o dialeto dos latinos exerceu um tal domínio sobre os outros que, com o passar dos tempos, foi-se afirmando até se converter num poderoso instrumento de civilização, enquanto veículo de comunicação de um povo que demonstrou, desde suas origens, enorme capacidade de articulação política e senso de disciplina. De simples dialeto confinado a uma região entre o mar, o rio Tibre e as montanhas, à medida que Roma avança pelo mundo como senhora dominadora, o latim, suplantando inclusive o grego, torna-se a língua de cultura por excelência. Sua importância civilizadora é tal que, mesmo após a queda do Império Romano do Ocidente, continuou o latim a ser língua escrita oficial, na Europa, até quase o século XX. Como língua falada e por influência dos diversos substratos lingüísticos locais, transforma-se e dá origem às línguas românicas modernas.
O alfabeto latino, proveniente do grego através do etrusco, constava, no período clássico, de 21 letras ( A, B, C, D, E, F, G, H, I, K, L, M , N, O, P, Q, R, S, T, V, X, às quais se juntaram, para efeito de transcrição do grego, o Y e o Z) que reproduziam com bastante precisão os fonemas das língua, apesar de nos restarem algumas dúvidas quanto ao inventário dos mesmos.
A afirmação que acabamos de fazer repousa no estudo científico da pronúncia latina clássica, feito a partir de meados do século passado e que hoje se aceita, quase universalmente, nos meios universitários, quer da Europa quer das Américas. Esta pronúncia de que falamos convencionou-se denominá-la de Científica ou Reconstruída, pois é o resultado do estudo comparativo das línguas neolatinas e das transcrições do latim para o grego, bem como do próprio testemunho dos gramáticos latinos, como Prisciano e Donato, sobretudo.
Não temos, nem almejamos créditos.
PU1JFC – http://cruzradio.blogspot.com
“O Senhor te abençoe e te guarde.” – Nm 6.
“The Lord bles thee and keep thee.” – Nm 6.
INRI – Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum
Jesus Nazareno Rei dos Judeus
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